Oi (OIBR3) registra leve alta, mas acumula queda no ano

A Oi S.A. (OIBR3), empresa brasileira de telecomunicações, apresentou uma valorização de 1,8% no pregão mais recente, fechando em R$ 1,13. Durante o dia, a cotação variou entre R$ 1,10 e R$ 1,13. No entanto, os números do mês e do ano ainda mostram quedas expressivas, com uma desvalorização mensal de 31,51% e uma perda acumulada de 15,67% em 2025. Nos últimos 12 meses, a desvalorização chega a 89,03%.
O volume negociado no último pregão foi de R$ 3,52 milhões, com um total de 1.654 transações registradas. O preço de abertura foi de R$ 1,15, enquanto o fechamento do dia anterior estava em R$ 1,11.
A trajetória da Oi no setor de telecomunicações
A Oi é uma das principais empresas de telecomunicações do Brasil, atuando nos segmentos de telefonia fixa e móvel, banda larga, TV por assinatura e transmissão de dados. Além disso, a companhia opera como provedor de internet e oferece serviços voltados para o setor corporativo e de atacado. Outro diferencial da empresa é sua ampla rede de pontos de acesso Wi-Fi, que soma cerca de 2 milhões de locais.
A Oi também desempenha um papel importante como concessionária do Serviço Telefônico Fixo Comutado (STFC), sendo responsável por essa infraestrutura em praticamente todos os estados brasileiros, com exceção de São Paulo.
Ao final de 2018, a operadora registrava 51,7 milhões de clientes ativos em seus diversos serviços, consolidando-se como uma das principais provedoras de telecomunicações do país.
Origens e evolução da empresa
A história da Oi remonta ao processo de privatização da Telebras, quando a Telemar foi criada em 1998. No ano 2000, a empresa começou a atuar no segmento de internet, expandindo seus serviços. Já em 2002, a marca Oi foi oficialmente lançada.
Em 2006, a empresa ampliou suas operações ao fornecer serviços integrados de telecomunicações para a base brasileira na Antártica. Dois anos depois, em 2008, o grupo assumiu o controle da Amazônia Celular, fortalecendo sua presença no mercado de telefonia móvel.
A expansão continuou em 2009 com a aquisição da Brasil Telecom, permitindo que a Oi atingisse cobertura nacional. A integração total das operações foi finalizada em 2010.
Alianças estratégicas e desafios financeiros
No ano de 2011, a Oi firmou uma aliança industrial com a Portugal Telecom, oficializada por meio de um contrato entre as duas empresas. Já em 2012, as ações da Oi começaram a ser negociadas tanto na Bolsa de Valores de São Paulo quanto na Bolsa de Nova Iorque.
Em 2013, as operações da Oi e da Portugal Telecom foram unificadas, consolidando uma parceria estratégica internacional. No entanto, a companhia enfrentou sérias dificuldades financeiras e, em 2016, entrou com um pedido de recuperação judicial, tornando-se um dos maiores casos desse tipo na história do Brasil.
Apesar da crise, a empresa conseguiu reduzir sua dívida de R$ 45 bilhões para R$ 14 bilhões até 2018, um marco importante para sua reestruturação financeira. Desde então, a Oi tem buscado novas estratégias para recuperar sua posição no mercado e melhorar sua situação financeira, mas ainda enfrenta desafios significativos.
A volatilidade das ações da Oi reflete o momento desafiador da empresa, que segue tentando reestruturar suas operações e manter sua relevância no setor de telecomunicações brasileiro.